sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Escola é... poema de Paulo Freire



... o lugar que se faz amigos.
Não se trata só de prédios, salas, quadros,
Programas, horários, conceitos...
Escola é sobretudo, gente
Gente que trabalha, estuda
Que alegra, se conhece, se estima.
O diretor é gente,
O Professor é gente,
O Coordenador é gente,
O aluno é gente,
Cada funcionário é gente.
E a escola será cada vez melhor
Na medida em que cada um se comporte
Como colega, amigo, irmão.
Nada de “ilha cercada de gente por todos os lados”
Nada de conviver com pessoas e depois,
Descobrir que não tem amizade a ninguém.
Nada de ser como tijolo que forma a parede, indiferente, frio, só.
Importante na escola não é só estudar, não é só estudar, não é só trabalhar,
É também criar laços de amizade,
É criar ambiente de camaradagem,
É conviver, é se “amarrar nela”!
Ora é lógico...
Numa escola assim vai ser fácil!
Estudar, trabalhar, crescer,
Fazer amigos, educar-se, ser feliz.
É por aqui que podemos começar a melhorar o mundo.

Paulo Freire

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Planejamento estratégico e visão além do horizonte

Como enxergar além do horizonte? Procurando responder essa pergunta vamos traçar algumas ideias sobre esse questionamento, na qual é fundamental nos dias de hoje.




Passamos por diversos problemas em nossa vida e em todo o percorrer de nossa jornada. Saber superá-los é fundamental. Em muitos casos, saber olhar além do horizonte é essencial para obtenção de um planejamento estratégico.

Traçar metas e criar um propósito de vida faz se necessário em uma vida cada vez mais complexa e exigente de nós mesmos. As cobranças vem de todos os lados. A vida pessoal de cada pessoa deve ser bem analisada, objetivando atingir à curto, médio e longo prazo realizar seus objetivos. Toda vida que não é observada, ou questionada se torna uma folha levada ao vento. 

Tudo na vida passa. Contudo, as minhas escolhas e decisões fazem eu estar a onde eu quero estar. Então, perguntar o que você quer por estar vivo? Faz o sentido da qual você irá buscar. 

Bom, vamos lá! Separei três passos resumido para a compreensão do tema.

01) Transformar os erros em aprendizagem

Nunca é tarde para adquirirmos consciência dos nossos erros e acertos. Substitua a palavra erro por aprendizagem. Nós estamos em constante aprendizagem, tudo na vida aprendemos. Portanto, para aprender deve se enxergar os erros. Pergunto-lhe: Quais tem sido seus erros? Pense e reflita!

Os seus erros dirão quem você está se tornando. Lembre-se! Os seus erros não é quem você é!

Você é o que você decide se tornar, por isso nunca é tarde para aprendermos algo novo, iniciarmos um estudo, uma leitura, aprendermos uma nova língua ou praticarmos a própria língua materna. Apenas na morte deixaremos de estar em movimento de produção de conhecimento. O primeiro ponto então , é nós adquirirmos consciência que precisamos de mudança. Se nós não percebermos que precisamos evoluir, crescer, como vamos enxergar além do horizonte?

02) Objetivos pela qual devo lutar

Na visão atual veremos as coisas embaçadas ou sem cor. Veremos um sol que não reluz e uma lua que não brilha no decorrer da noite. Mas assim, como a lua e o sol passam a vida ocorre e o que fazemos dela é o que nos torna capaz de realizar nossos objetivos. Porém, defina quais são seus objetivos. Objetivo precisa ser específico, para que ele seja alcançado, sempre a curto, médio ou longo prazo. 

A nossa visão atual não é o que nós somos. Através desse olhar clínico, verificando os meus erros e acertos, obtendo racionalmente como devo agir. Assim vai se construindo o projeto de vida. 

Visão além do horizonte é a capacidade de enxergar o futuro como quero que ele seja. Planejamento é a estratégico  é a capacidade de traças objetivos, metas a curto, médio e longo prazo para chegar onde desejo estar.

Não é fácil, mas a vida não se trata de ser fácil ou difícil. Existe aqueles que se superam e aqueles que que não se superam. Posso fazer parte da mudança e ser um indivíduo melhor, ou apenas posso continuar estagnado. 

03) Atitude para mudar

Se você compreende o que estamos tratando e em sua mente já travou uma batalha sobre si mesmo, esse é o real objetivo onde queremos chegar. No entanto, tudo que você pensou e projetou ou traçou, suas metas e objetivos se não sair do cognitivo e/ papel será apenas um sonho adormecido não realizado. Para que o projeto de vida aconteça precisa-se do fator principal a energia que move essa máquina. Essa energia ou fator se chama ATITUDE

Precisa-se de muita atitude para mudar, ressignificar dar outro sentido, um propósito novo em outras palavras começar pela sua mente enxergar novos horizontes e planejar atingi-los. 

Ação é tudo nesses momentos, deixar as emoções de lado ou ao menos que não te controle pelo o calor passageiro. Pensar, refletir e agir. Não ser vítima das circunstâncias da vida, vencer os próprios medos possuir autonomia o suficiente para se encorajar e buscar objetivar que seu projeto de vida. Sempre buscando externar do papel e teoria levando para a prática da vida. Só lendo esse texto você não conseguirá ao menos buscar colocar em prática. 

Desejo-lhe mudanças vindouras positivas em sua vida. Que essas palavras contidas nesse texto faça parte de algo extraordinário vindo até você. Digo mais, algo extraordinário que você está prestes à construir ou já construindo.


"Além do horizonte deve ter
Algum lugar bonito pra viver em paz
Onde eu possa encontrar a natureza
Alegria e felicidade com certeza..."

"...Além do horizonte existe um lugar 
Bonito e tranqüilo pra gente se amar..."

Roberto Carlos E Erasmo Carlos

Robertos Carlos em Jerusalém - Além do Horizonte



Por Jabner Gonçalves de Lima

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Documentário: A loucura entre nós

Quais os limites da nossa sanidade? O que nos define como “normais”? “A Loucura Entre Nós”, filme dirigido por Fernanda Fontes Vareille, lança um olhar sobre os corredores e grades de um hospital psiquiátrico, buscando personagens e histórias que revelam as fronteiras do que é considerado loucura. Por meio, principalmente, de personagens femininas, o documentário exala as contradições da razão, nos fazendo refletir sobre nossos próprios conflitos, desejos e erros. Livremente inspirado no livro homônimo do médico psiquiatra Marcelo Veras, o filme faz um sensível mergulho nos paradoxos da reinserção da loucura no mundo em geral, subvertendo qualquer tentativa de reduzir as personagens retratadas a marionetes de questões envolvendo a sanidade mental.



Assista ao trailer:



Direção: Fernanda Vareille
Título original: A Loucura Entre Nós
País de origem: Brasil
Gênero: Documentário
Duração: 75 minutos
Ano: 2015 


Sinopse
Através dos corredores e grades de um hospital psiquiátrico, busca-se personagens e histórias que revelem as fronteiras do que é considerado loucura. Por meio de, principalmente, personagens femininos, o documentário exala as contradições da razão nos fazendo refletir nossos próprios conflitos, desejos e erros.

Fonte: AdoroCinema

Crítica
Os caminhos pelos quais a narrativa do documentário A Loucura entre Nós percorre são tão impressionantes, que até mesmo a cineasta Fernanda Vareille não tinha como prever o que aconteceria às suas personagens. Filmando durante três anos dentro do Hospital Psiquiátrico Juliano Moreira, em Salvador, a diretora capturou um retrato intenso a respeito da linha tênue que separa a sanidade da doença mental. Para tanto, duas mulheres de origens e vivências totalmente distintas nos são apresentadas, além de termos contato com depoimentos de outros internos daquele hospital, colocando assim em cheque qualquer conceito pré-concebido a respeito da dita “normalidade”.

Baseado livremente no livro homônimo escrito pelo médico psiquiatra Marcelo Veras, A Loucura entre Nós inicia como um documentário padrão, nos mostrando a instituição que será abrigo da produção e os internos que lá habitam. O primeiro ato é mais voltado para o cotidiano daquele local, mostrando também o trabalho da ONG Criamundo, que tinha suas atividades dentro dos portões daquele hospital e tem como objetivo recolocar pacientes com problemas psiquiátricos no mercado de trabalho. O filme ganha real força quando a narrativa passa a destacar as duas personagens mais impressionantes desta história: Leonor e Elisângela.
Elisângela nos é apresentada aos gritos. Visivelmente transtornada, clamando por trabalho e por dignidade, é internada no hospital onde já havia estado em um passado não muito distante. Medicada e com seu caso acompanhado de perto, apresenta melhora no decorrer de sua trajetória. Leonor, por outro lado, quando surge na tela, parece ser uma das cabeças da ONG. É ela quem serve como cicerone do local, mostrando algumas das realidades do hospital e de seus pacientes. No entanto, com o andar da história, começamos a perceber que existe algo a incomodando. Alguns surtos, alguns momentos de profunda tristeza, outros de euforia. Leonor pode ter mais em comum com Elisângela do que podíamos prever de início. O destino das duas se conecta e bifurca, nos mostrando uma impressionante inversão de papéis.
O documentário de Fernanda Vareille é ímpar por apresentar estas histórias de forma muito sensível, dando visibilidade a personagens até então escondidos, esquecidos. Além das duas “protagonistas”, temos contato com outros internos que tem muito a dizer, mas que simplesmente não são ouvidos por causa de sua condição psiquiátrica. Por dar voz a estas pessoas, A Loucura entre Nós já seria um filme de validade incontestável. Mas o documentário ainda faz mais. Com sua narrativa instigante, mostra o retrato do descaso, mas não de forma piegas ou repleta de coitadismos. Consegue incluir até um pouco de humor, mas de forma muito bem trabalhada, sem expor nenhum dos internos.
A presença da câmera naquele local é curiosa e diversos internos a abraçam com intensidade. Alguns pedem para serem filmados, outros tentam permanecer sempre em foco, inclusive empurrando qualquer pessoa que possa estar estragando o seu enquadramento. Com momentos de pura poesia – a cena com a canção “Lágrimas Negras”, cantada por Gal Costa, é agridoce e intensa – A Loucura entre Nós é um documentário de rara sensibilidade, tocando em um assunto que, para muitos, é motivo de vergonha ou de descaso, mostrando o quanto é necessário tocar neste tema. O filme até pode demorar a deslanchar, mas quando o faz, é intenso e verdadeiramente impressionante.

Assista o documentário completo abaixo:


Convite! Antologia Jabner Lima e Convidados | Caminhos Diversos

 Olá a todos! Tenho uma excelente notícia! Para todos aqueles que se inscreverem na ANTOLOGIA JABNER LIMA E CONVIDADOS - CAMINHOS DIVERSOS...