Os sentimentos negativos não devem ser
desvalorizados, afinal, também fazem parte da nossa vivência.
E se a felicidade depender dos sentimentos
negativos? Esta é a proposta feita por uma equipa de psicólogos da Harvard
Medical School, que revela que os sentimentos negativos são parte fundamental
para o equilíbrio e para um maior sentido de aproveitamento da vida.
Quando uma pessoa se sente triste, não deve
prolongar esse estado, deve procurar a causa e avaliar as possíveis
consequências desse lado negativo das emoções. E é aqui que está o segredo da
felicidade, como se lê no site da revista Health.É certo e sabido que os
pensamentos e as emoções positivas melhoram a qualidade de vida e reduzem
significativamente a probabilidade de doença e de morte pelas mais variadas
causas, contudo, os estados de alegria extrema podem causar danos para a saúde
por estarem associados a comportamentos de risco e a uma maior incapacidade de
avaliação. Mas devemos deixar de ser menos felizes por causa disso? Não. Mas
temos de equilibrar a balança.
As emoções negativas incentivam o
processamento cognitivo lento e sistemático, o que faz com que as conclusões
sejam mais ponderadas, detalhadas e importantes. O que quer isto dizer? Indica
que as emoções que muitas vezes ignoramos ou odiamos por serem negativas são a
forma mais eficaz de ter um pensamento mais atento e de procurar formas de
melhorar a vida, dando valor a pequenos gestos, situações e momentos que
poderiam passar despercebidos num estado de felicidade por não contribuírem
para aumentar essa mesma felicidade (mas que num estado de tristeza podem ser a
solução para se ser feliz).
Revela ainda a publicação que as pessoas que
se encontram em estados de espírito negativos tendem a ser menos ingénuas e
mais céticas, o que faz com que avaliem mais tudo o que está à volta e que não
se deixem iludir por falsos sorrisos.
Dar valor às emoções negativas é algo que o
psicólogo clínico Américo Baptista também recomenda. Numa entrevista ao
Lifestyle ao Minuto, o especialista revela que “preocupamo-nos com as emoções
negativas porque nos fazem sofrer, porque contribuem de um modo negativo para a
nossa saúde mental”. Mas podemos viver sem essas emoções negativas? Jamais.
"Se eu não tiver medo, não tenho cuidado
a atravessar a estrada e sou atropelado. Mas, quando este medo se transforma
numa fobia, numa perturbação ansiosa, aí já estamos a falar de uma coisa
completamente diferente”, ressalva.
Fonte: notícias ao minuto
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