DEPENDÊNCIA QUÍMICA NA ADOLESCÊNCIA
Autor: Jabner Gonçalves de Lima
RESUMO
O presente artigo tem por
objetivo expor assuntos como dependência química em relação a adolescência.
Tendo o portador esse distúrbio acarreta sérios danos para a sua vida, haja em
vista que na adolescência o indivíduo está no processo de seu desenvolvimento
físico, cognitivo e biológico, trazendo mudanças psicológicas e sociais. Nessa
fase de vida conflituosa devido as transformações, surge questionamentos e a
sua procura de identidade. Baseando-se em relações que se constrói com o grupo
social no qual inserido, principalmente como de amigos. Estabelecendo assim,
laços afetivos e criando um círculo social, onde encontram sua própria
identidade num processo de interação social. Dessa forma a dependência química
aparece como uma ponte que permite e estabelece laços sociais, permitindo o
indivíduo a pertencer a outro grupo.
Palavras
chave: Dependência Química, Adolescência,
Desenvolvimento.
ABSTRACT
The present article aims to expose as chemical dependence in relation to
adolescence. The patient having this disorder cause’s serious damage to his life,
given that in adolescence or individual is in the process of physical,
cognitive and biological development, bringing about psychological and social
changes. In this phase of life conflicted due to transformations, questions
arise and their search for identity. Relying on relationships that are built
with the social group in which inserted, mainly as friends. Establishing thus,
affective bonds and creating a social circle, where their own identity in a
process of social interaction. In this way, the chemical dependence appears as
a bridge that allows and establishes social bonds, allowing the individual to
belong to another group.
Key words:
Chemical Dependence, Adolescence, Development.
INTRODUÇÃO
Considerado um
transtorno mental, além de um problema social pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), a dependência química é uma doença crônica e definida pela 10ª edição da
Classificação Internacional de Doenças (CID-10), como um conjunto de fenômenos
comportamentais, cognitivos e fisiológicos que se desenvolvem após o uso
repetido de determinada substância.
Com esse distúrbio o
indivíduo não consegue conter o vício, afetando sua vida psíquica, emocional,
física, e posteriormente sua vida social. Atuando a substância em seu corpo,
altera a forma de o indivíduo pensar, agir ou sentir, são drogas psicoativas.
Tendem a provocar um desequilíbrio no metabolismo químico do organismo, levando
a dependência da mesma. No presente trabalho apresenta causas, sintomas,
diagnóstico e prevenção à dependência química, procuraremos assim dessa forma
verificar a importância da atenção sobre o assunto, por desprender o indivíduo
da sociedade, podendo ocasionar o óbito. Por acometer toda a família, que sofre
emocionalmente com o indivíduo e essa também deve receber orientações.
2.1.
CAUSAS DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA
Sendo uma doença
multifatorial, significa que diversos fatores contribuem para seu
desenvolvimento, o uso em frequência da substância, a saúde do indivíduo e
fatores genéticos, psicossociais e ambientais. Com a adolescência a palavra adolescer
vem do latim e significa “crescer, engrossar, tornar-se maior, atingir a
maioridade” (TIBA, 1995), o novo dicionário Aurélio de Língua portuguesa
(HOLANDA FERREIRA, 1975), diz que adolescente é aquele que “está no começo, que
ainda não atingiu todo vigor”.
Diante de suas
transformações e crescimento o adolescente entra em crises existenciais e
insegurança de seguir seu caminho, na procura de sua identidade deixa de se
espelhar em seus pais, permitindo ser influenciado pelo grupo de amigos, esse
momento é uma etapa crucial em sua vida, constituindo ideias para si.
A partir de então a
experimentação da droga surge como válvula de escape de seus conflitos, na
opinião de Gykovate (1992) cada ser humano tem uma história diferente, não
existe uma fórmula que explique como, porque ou com que consequências um jovem
procura drogas. Estudos buscam identificar riscos de indivíduos desenvolver
abuso ou dependência.
Diversas situações
podem aumentar ou diminuir a probabilidade de surgimento ou agravamento de
problemas com dependência química, denominados fatores de riscos e proteção.
Para cada indivíduo a uma variação como a sua personalidade, fase de
desenvolvimento e o ambiente inserido. Fatores de risco: genética, transtorno
de conduta, falta de monitoramento dos pais, disponibilidade de álcool. Fatores
de proteção: religião, controle da impulsividade, supervisão dos pais,
desempenho acadêmico, políticas sobre drogas. A motivação do uso é vinda a
partir desses diversos fatores como uma simples curiosidade e o uso imediato de
prazer ou alívio de sintomas.
2.2.
SINTOMAS DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA
Caracterizada pelo
descontrole, a dependência aos poucos vai desintegrando o indivíduo da
sociedade, sintomas como o desejo incontrolável pela substância, perda de
controle e aumento de tolerância são alguns dos sintomas do dependente.
Quando o indivíduo
cessa o uso da droga começa então os sintomas de abstinência, como sudorese,
tremores e ansiedade quando estando a pessoa sobre o efeito da droga. O termo
overdose designa-se uma dose fatal, tendo os seguintes sintomas, parada
respiratória, colapso nervoso e parada cardíaca.
2.3.
DIAGNÓSTICO
O Diagnóstico pode ser
feito de duas formas existente por dois códigos internacionais vigentes. A
publicação da OMS, conhecida como Classificação Internacional de Doenças (CID)
está em sua décima edição (CID-10), já o Manual Diagnóstico e Estatístico de
Transtorno Mentais (DSM) tem vigente sua quinta edição (DSM-V).
No Brasil a
classificação aceita pelo Ministério da Saúde é o CID-10, que apresenta os
seguintes critérios para diagnóstico de dependência química:
a)
Tolerância: a redução da magnitude dos
efeitos leva ao uso de doses cada vez maiores para atingir o efeito desejado;
b)
Senso de compulsão: forte desejo de
consumir a droga;
c)
Abstinência: após a interrupção ou
diminuição do uso, surgindo sintomas de desconforto como tremores, ansiedade,
irritabilidade e insônia, levando ao uso da mesma substância (ou outra relacionada)
para promover o aliviou evitar tais sintomas;
d)
Desejo de reduzir ou controlar o
consumo, porém, sem sucesso;
e)
Abandono de atividades prazerosas
alternativas: maior parte do tempo gasto em prol do uso da substância;
f)
Persistência ao uso: mesmo com o
surgimento de manifestações nocivas e patológicas, como danos em órgão e
estados depressivos, resultantes do consumo crônico e excessivo, ainda se
mantém o consumo.
2.4.
TRATAMENTO
O tratamento adequado
varia de características pessoais de cada pessoa, quando diagnosticada o
tratamento varia de acordo com a progressão e a gravidade da doença, através de
diversos profissionais da saúde.
2.5.
PREVENÇÃO
Para prevenção existe
multidisciplinares abordagens, com o trabalho e estudo de profissionais de diversas
áreas e especialidades em programas que contribuem para melhores resultados em
dependência química. A informação e diálogo são apontados como melhor caminho
para que adolescentes não se viciem, para o não dependente o tratamento
indicado são psicoterapia e participação em grupos de apoio.
3.
CONCLUSÕES
Observou-se que a
dependência química possui inúmeros fatores para seu surgimento, mas porém o
indivíduo não escolhe ser dependente entretanto pode escolher o tratamento.
Este estudo permitiu a construção de conhecimentos acerca das causas da dependência
química e suas consequências para o usuário e família. Constatou-se que as
causas apontadas são em diversos aspectos onde o adolescente está em transformação
e desenvolvimento, com consequências positivas e negativas em sua vida. Assim,
conhecer os problemas associados ao uso de substâncias, pode auxiliar na
solução de problemas e adequação de tratamento.
Conclui-se que o
conhecimento de causas e consequências na área é essencial para prevenção e
promoção de saúde de indivíduos e grupos sociais.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS