domingo, 18 de junho de 2017

Dependência Química na Adolescência


ARTIGO


DEPENDÊNCIA QUÍMICA NA ADOLESCÊNCIA

Autor: Jabner Gonçalves de Lima




RESUMO

O presente artigo tem por objetivo expor assuntos como dependência química em relação a adolescência. Tendo o portador esse distúrbio acarreta sérios danos para a sua vida, haja em vista que na adolescência o indivíduo está no processo de seu desenvolvimento físico, cognitivo e biológico, trazendo mudanças psicológicas e sociais. Nessa fase de vida conflituosa devido as transformações, surge questionamentos e a sua procura de identidade. Baseando-se em relações que se constrói com o grupo social no qual inserido, principalmente como de amigos. Estabelecendo assim, laços afetivos e criando um círculo social, onde encontram sua própria identidade num processo de interação social. Dessa forma a dependência química aparece como uma ponte que permite e estabelece laços sociais, permitindo o indivíduo a pertencer a outro grupo.


Palavras chave: Dependência Química, Adolescência, Desenvolvimento.

ABSTRACT

The present article aims to expose as chemical dependence in relation to adolescence. The patient having this disorder cause’s serious damage to his life, given that in adolescence or individual is in the process of physical, cognitive and biological development, bringing about psychological and social changes. In this phase of life conflicted due to transformations, questions arise and their search for identity. Relying on relationships that are built with the social group in which inserted, mainly as friends. Establishing thus, affective bonds and creating a social circle, where their own identity in a process of social interaction. In this way, the chemical dependence appears as a bridge that allows and establishes social bonds, allowing the individual to belong to another group.

Key words: Chemical Dependence, Adolescence, Development.

INTRODUÇÃO

Considerado um transtorno mental, além de um problema social pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a dependência química é uma doença crônica e definida pela 10ª edição da Classificação Internacional de Doenças (CID-10), como um conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos que se desenvolvem após o uso repetido de determinada substância.
Com esse distúrbio o indivíduo não consegue conter o vício, afetando sua vida psíquica, emocional, física, e posteriormente sua vida social. Atuando a substância em seu corpo, altera a forma de o indivíduo pensar, agir ou sentir, são drogas psicoativas. Tendem a provocar um desequilíbrio no metabolismo químico do organismo, levando a dependência da mesma. No presente trabalho apresenta causas, sintomas, diagnóstico e prevenção à dependência química, procuraremos assim dessa forma verificar a importância da atenção sobre o assunto, por desprender o indivíduo da sociedade, podendo ocasionar o óbito. Por acometer toda a família, que sofre emocionalmente com o indivíduo e essa também deve receber orientações.


2.1. CAUSAS DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA

Sendo uma doença multifatorial, significa que diversos fatores contribuem para seu desenvolvimento, o uso em frequência da substância, a saúde do indivíduo e fatores genéticos, psicossociais e ambientais. Com a adolescência a palavra adolescer vem do latim e significa “crescer, engrossar, tornar-se maior, atingir a maioridade” (TIBA, 1995), o novo dicionário Aurélio de Língua portuguesa (HOLANDA FERREIRA, 1975), diz que adolescente é aquele que “está no começo, que ainda não atingiu todo vigor”.
Diante de suas transformações e crescimento o adolescente entra em crises existenciais e insegurança de seguir seu caminho, na procura de sua identidade deixa de se espelhar em seus pais, permitindo ser influenciado pelo grupo de amigos, esse momento é uma etapa crucial em sua vida, constituindo ideias para si.
A partir de então a experimentação da droga surge como válvula de escape de seus conflitos, na opinião de Gykovate (1992) cada ser humano tem uma história diferente, não existe uma fórmula que explique como, porque ou com que consequências um jovem procura drogas. Estudos buscam identificar riscos de indivíduos desenvolver abuso ou dependência.
Diversas situações podem aumentar ou diminuir a probabilidade de surgimento ou agravamento de problemas com dependência química, denominados fatores de riscos e proteção. Para cada indivíduo a uma variação como a sua personalidade, fase de desenvolvimento e o ambiente inserido. Fatores de risco: genética, transtorno de conduta, falta de monitoramento dos pais, disponibilidade de álcool. Fatores de proteção: religião, controle da impulsividade, supervisão dos pais, desempenho acadêmico, políticas sobre drogas. A motivação do uso é vinda a partir desses diversos fatores como uma simples curiosidade e o uso imediato de prazer ou alívio de sintomas.

2.2. SINTOMAS DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA

Caracterizada pelo descontrole, a dependência aos poucos vai desintegrando o indivíduo da sociedade, sintomas como o desejo incontrolável pela substância, perda de controle e aumento de tolerância são alguns dos sintomas do dependente.
Quando o indivíduo cessa o uso da droga começa então os sintomas de abstinência, como sudorese, tremores e ansiedade quando estando a pessoa sobre o efeito da droga. O termo overdose designa-se uma dose fatal, tendo os seguintes sintomas, parada respiratória, colapso nervoso e parada cardíaca.

2.3. DIAGNÓSTICO

O Diagnóstico pode ser feito de duas formas existente por dois códigos internacionais vigentes. A publicação da OMS, conhecida como Classificação Internacional de Doenças (CID) está em sua décima edição (CID-10), já o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtorno Mentais (DSM) tem vigente sua quinta edição (DSM-V).
No Brasil a classificação aceita pelo Ministério da Saúde é o CID-10, que apresenta os seguintes critérios para diagnóstico de dependência química:
a)                 Tolerância: a redução da magnitude dos efeitos leva ao uso de doses cada vez maiores para atingir o efeito desejado;
b)                Senso de compulsão: forte desejo de consumir a droga;
c)                 Abstinência: após a interrupção ou diminuição do uso, surgindo sintomas de desconforto como tremores, ansiedade, irritabilidade e insônia, levando ao uso da mesma substância (ou outra relacionada) para promover o aliviou evitar tais sintomas;
d)                Desejo de reduzir ou controlar o consumo, porém, sem sucesso;
e)                 Abandono de atividades prazerosas alternativas: maior parte do tempo gasto em prol do uso da substância;
f)                 Persistência ao uso: mesmo com o surgimento de manifestações nocivas e patológicas, como danos em órgão e estados depressivos, resultantes do consumo crônico e excessivo, ainda se mantém o consumo.

2.4. TRATAMENTO

O tratamento adequado varia de características pessoais de cada pessoa, quando diagnosticada o tratamento varia de acordo com a progressão e a gravidade da doença, através de diversos profissionais da saúde.

2.5. PREVENÇÃO

Para prevenção existe multidisciplinares abordagens, com o trabalho e estudo de profissionais de diversas áreas e especialidades em programas que contribuem para melhores resultados em dependência química. A informação e diálogo são apontados como melhor caminho para que adolescentes não se viciem, para o não dependente o tratamento indicado são psicoterapia e participação em grupos de apoio.


3. CONCLUSÕES

Observou-se que a dependência química possui inúmeros fatores para seu surgimento, mas porém o indivíduo não escolhe ser dependente entretanto pode escolher o tratamento. Este estudo permitiu a construção de conhecimentos acerca das causas da dependência química e suas consequências para o usuário e família. Constatou-se que as causas apontadas são em diversos aspectos onde o adolescente está em transformação e desenvolvimento, com consequências positivas e negativas em sua vida. Assim, conhecer os problemas associados ao uso de substâncias, pode auxiliar na solução de problemas e adequação de tratamento.
Conclui-se que o conhecimento de causas e consequências na área é essencial para prevenção e promoção de saúde de indivíduos e grupos sociais.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Alves A. Dependência Química - Classificação e Diagnóstico. Disponível em <http://www.clinicajorgejaber.com.br/curso/2015/mar_30.pdf> Acesso em: 25 de março de 17.

Dependência química. Divisão estadual de narcóticos. Disponível em <http://www.denarc.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=39> Acesso em: 25 de março de 17.

Dependência química é uma doença? CENTRO REGIONAL DE REFERÊNCIA EM DROGAS/UFMG. Disponível em: http://crr.medicina.ufmg.br/saber-sobre/dependencia-quimica-e-uma-doenca. > Acesso em: 25 de março de 17.

Info Escola, Saúde, dependência Química, Disponível em; < http://www.infoescola.com/saude/dependencia-quimica/ > Acesso em: 25 de março de 2017.

Minha vida, Dependência Química, Disponível em; < http://www.minhavida.com.br/saude/temas/dependencia-quimica > Acesso em: 25 de março de 2017.

Monografias, Brasil, Escola, Uso de Drogas na Adolescência, Disponível em; < http://monografias.brasilescola.uol.com.br/sociologia/uso-drogas-na-adolescencia-seus-impactos-no-ambito-.htm > Acesso em: 25 de março de 2017.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Convite! Antologia Jabner Lima e Convidados | Caminhos Diversos

 Olá a todos! Tenho uma excelente notícia! Para todos aqueles que se inscreverem na ANTOLOGIA JABNER LIMA E CONVIDADOS - CAMINHOS DIVERSOS...